Paranapiacaba Trilha da Cachoeira da Fumaça & Tartaruga

Desde terça, estava transpirando a trilha de sexta – hoje. E terça, já preparei tudo o que iria precisar levar e etc. Arrumei a mala, conforme tinha planejado. Só ouve umas adaptações de ultima hora por causa da chuva. Ai eu capotei, dormi. Na verdade demorei 1h para dormir mesmo, depois de deitado. Porque não conseguia parar de pensar na trilha.

Acordei cedo, umas 5:30! Mais do que disposto!!! E o tempo, uma beleza: nublado, frio, ventos fortes e chovendo. Hehe

E fui...

A TRILHA MAIS RADICAL QUE JÁ FIZ ATÉ ENTÃO

Caminho
Fomos numa vam – o pessoal de Santo André – até um clube no alto da serra em Paranapiacaba, demorou nem uma hora até lá. Num clube encontramos o resto do pessoal que ia fazer a trilha, foi meio que uma fusão entre vários clubes de desbravadores, desde pessoas da AP, APL e MPV. E partimos para a trilha.

Inicio da Trilha
A trilha estava encharcada, do começo ao fim cheio de lama e possas da água, e bem escorregadia, o que deixou “bem mais radical”. Sem contar a garoa, chuviscos e chuva que pegamos em quase todo o percurso fora e dentro da mata.

A Trilha
Na parte trilha mesmo, estava muito dahora. A trilha não é tão difícil, mas é bem radical e bonita. A ju, o robson, o sérgio... e eu, fomos pelo riozinho, raso que mais parecia um riacho. A água um pouco fria logo parecia quente, o lugar mais fundo dela, chegou até minha cintura até que saimos do rio.

Depois de umas 2h de trilha chegamos na parte mais dahora de todas! Na cachoeira!!! Era uma cachoeira em família, tinha várias uma depois da outra, que no total davam mais de 200m de um precipício tranqüilo!!

Chegou na parte mais difícil de toda a trilha, e mais perigosa e arriscada. A trilha seguia beira a cachoeira, então qualquer escorregão para o lado esquerdo você simplesmente cairia dentro da cachoeira, e ai, só Deus sabe. Em alguns momentos, o que distanciava você de pisar errado e tchau tchau, era uma raiz duma samambaia, se vc pisasse no barro, escorregaria e já era. E eu tive que ir de cobaia primeiro para amarrar uma corda para o pessoal poder se apoiar.

Após tinha um paredão muito inclinado e escorregadio. Teve que descer com a corda praticamente fazendo um rapel, se fosse mais alguns graus inclinados, de uns 10m. E assim foi indo até descermos praticamente toda a cachoeira. Aí atravessamos ela pelas pedras, e terminamos de descer. Onde então se encontrava com uma outra cachoeira.

Neste momento encontramos com um outro clube de desbravadores que estavam voltando da trilha (melhor fizeram o sentido contrário. E também paramos para comer. O guia foi ver a trilha, e contou que um lugar tinha desabado pela chuva, e que estava muito cheio, e era 'perigoso' atravessar e continuar a trilha. Por mim continuava numa boa. Apenas salpicaria a aventura! A ju e o Robson também concordaram comigo. Mas, infelizmente, tivemos que voltar novamente, subir a trilha, então iríamos pegar a trilha da tartaruga para dar um contorno em tudo isto e chegar no mesmo lugar sem passar pelo lugar perigoso.

Subindo a cachoeira, foi bem radical. Várias curtas escaladas verticais, o robson machucou o cotovelo batendo nas pedras, mas fomos indo.

O guia se perde
Após já na trilha da tartaruga, passamos por uma lagoa de lama de argila! Imaginem tipo uma areia movediça muito mole, felizmente, afundou no máximo até minha canela. E dava muito trabalho, esforço, para tirar a perna do lugar quando afunda, principalmente para não deixar o tênis lá no meio da lama. Teve um cara que perdeu. Hehe

A trilha da tartaruga estava inundada, a cada passo seu pé sumia debaixo da água barrenta. Porém, infelizmente, o guia errou a trilha, cortando e abrindo uma trilha em meio a mata fechada, e no fim chegamos em lugar algum! Simplesmente num outro riacho. E aí como estava já muito tarde e uma forte neblina chegando tirando a visibilidade, tivemos que ir embora.

Voltando
Na volta, o Sérgio inventou outro caminho para não passar pela argila novamente. E no final, demorou uns 30min. A mais para chegarmos até a estrada. No ponto onde se cruza com a estrada, após passar eu e mais um pessoal que ia a frente, parece que caiu um caixa de maribondos (porque algum espertinho brincou de chutar arvore), os quais saíram correndo atrás do Robson e de todos por perto. Ai foi mó agitação. E quando se tem maribondo e abelha, só tem duas coisas a fazer: ou sai correndo, ou mergulha debaixo da água. E como estávamos numa estrada, eu me afastei. E os infelizes ao invés de fazer o mesmo, ficarão numa guerra, tentando ver quem matava mais! Infelizmente, algumas pessoas foram picadas, algumas até choraram.

Ai por incrível que pareça, estava tanta neblina ali na estrada, que não dava para ver 15m a frente. Ai me afastei um pouco, aproveitei e troquei de roupa, tirei o tênis botei um chinelo. E ai continuamos, andando uns 20 min. Pela estrada até chegar novamente no clube. E daí, como tudo que é bom dura pouco aqui na Terra.

Final
É muito bom! Só aquele ar tão limpo e saudável, enchendo seus pulmões, aumentando sua hemoglobina e etc. A belíssima natureza, os encantos do Criador ali na palma da nossa mão. E todo o demais que a natureza oferece. Os belíssimos sons e harmônicos, que tranqüiliza toda a mente, trás repouso dos problemas e agitação da vida na cidade, e traz para as maravilhas da tranqüilidade da natureza. Simplesmente, foi sem palavras! Sem contar aquela água direto do manancial.

Em casa
Na volta, fui na frente da Van, conversando com o motorista. E ele gosta muito do Arautos do Rei, até colocou umas fitas para ouvir. Ai fiquei ali no Carrefour da Pirelli, fui no banheiro dar uma ageitada na mala e em mim. Liguei pro meu pai ir buscar e tals.

Cheguei em casa, e muito empolgado mostrei as fotos pra família toda, contei de como foi. Entrei na net para ver a pilha de 68 e-mails. E ai depois, tomei um banho e fui puxar paia.

[Veja a Integra dessa história aqui]