Cross Country em Rio Grande da Serra

Domingão, eu e o Rafa vamos com nossas humildes bikes para Rio Grande da Serra, onde pegamos umas antigas estradinhas de terra, pedra, cascalho, lama, argila... onde alguns praticam cross de moto, jipe etc. E além disso, encontramos uma trilha que nos levou até uma cachoeira apenas para apimentar a aventura. Abaixo, alguns dos vídeos (infelizmente, alguns muito 10 eu perdi).









Pico do Jaraguá (Bike)

Dia 9 de Julho, feriado em São Paulo, Eu, Elcio e Rafael saimos para dar uma volta de bike, logo ali depois de São Caetano, no Pico do Jaraguá. Um caminho super tranquilo, fomos até o pico em torno de 1h40min. Depois, mais 1h30 subindo o pico, passamos um tempo ali em cima comendo e curtindo a vista, e depois voltamos, tendo um dos maiores prazeres - descer 5km de estrada do pico, em alta velocidade, soh descida, quase 5min. de descida (velocidade média de 60km/h e dava para ser mais rápido), o duro era encarar o frio do vento.) E aí, pegamos o trem na Vila Clarisse para vir embora.

Ponto de saída: Centro Santo André
Santo André até o parque do Jaraguá: 43km
Subida do pico: 5km
Descida do pico: 5km
Parque até Trem: 2km
Casa até Centro de Santo André: 5,7km
Percurso total pedalando: ~ 56km

Alguns vídeos do passeio:

















Um Tour na Caótica Grande São Paulo

As vezes sempre pensamos na natureza, algo retirado das cidades, quando se trata de aventura. Porém, a vida na caótica Grande São Paulo nos proporciona desafios inusitados, que são verdadeiros testes de resistência fisico, mental e imunológico... e claro, o que leva a maioria ao stress e a perder a cabeça, além de ficarem exaustos. Aqui, vai alguns videos do incrivel transito automobilisticos e humanistico que enfrentei apenas para fazer um bate e volta em São Paulo.










O que mais me impressiona é que isto praticamente ocorre todo santo dia no horário de pico. E ninguem (quer dizer, autoridade) toma nenhuma atitude para conter isto, que seriam medidas de controle; poderiam colocar mais monitores e vigilantes nas plataformas, controlar as filas, acessos as portas, e controlar "o número de pessoas que entram no vagão", para não lotar o vagão já na primeira estação; e nem espremer como se fossem bois indo pro abate.

Mas já que isso não ocorre. Você cidadão. Seja educado. Parece com essa loucuro e paranóia de querer "chegar logo em casa". Espere o próximo trem se for preciso, ou ainda o outro. São 30 ou 40 minutos... mas que certamente irão fazer toda a diferença para muitas pessoas. Pelo menos se sentiram mais gente e menos animais. Ou então, sejam chatos como eu, e não deixem de empurrar, ou trave a passagem na porta não deixando que entrem se já estiver lotado. É um absurdo este caos! O ar estava tão horrivel dentro de trem que era sufocante. Além de sobrecarregado de tóxicos, e de vírus (pois o que tinha de gente tossindo e espirrando...) ainda mais nesse ar de inverno.

Quando é que este povo aprenderá agir como humanos que respeitam a si e ao próximo!?

Trilha Mogi-Bertioga 2010

Bem, dessa vez não contarei nada... espero que os pequenos videos gravados do celular digam por si.





























Role de Bike no Rodoanel Trecho Sul

Dia 4 de julho, uma breve volta no Rodoanel, rescem inaugurado, trecho sul, entre Sertãozinho em Mauá e a Anchieta em São Bernardo do Campo.

Percurso:
Casa - Rodoanel (Sertãozinho): 3,78 km
até Anchieta: 22,88 km
até Casa: 34,44 km
Tempo total: 1h30
Velocidade Média: ~22,30 km/h












Rodoanel trecho sul, Sertãozinho - Maua:
Pontos positivos:
- Por enquanto o asfalto está um tapete
- Faixas bem largas
- Acostamento bem largo em toda extensão
- Baixo tráfego
- Curvas suaves
- Subidas pouco acentuadas
- Muitos trechos de concreto
- Paisagem até que é bonita e o ar, um pouco melhor que o da cidade

Pontos negativos:
- Será implantado pedágio
- Nenhum telefone ou posto de emergia em quase 20 km de percurso
- Alguns trechos com muita pedra e cacos de vidro no acostamento
- Alguns trechos se percebe que a asfaltagem foi mal feita e que logo se formarão buracos
- Não há NENHUM retorno em quase 20 km de percurso
- Pouquissima sinalização através de placas
- Pouquissimas placas informando distancia, acessos, caminhos, para onde estão as principais rodovias
- Volta muito grande (em torno de 2km) para realmente acessar a Anchieta, feita, apenas para poder por um pedágio no meio;
- Uma das pontes balançou (não apenas tremeu) muito quando passou um caminhão de carga (o trabalho não parece ter sido feixo com tamanho capricho... deixando uma grande insegurança, lembrando do acidente que já ocorreu da viga que caiu em cima de um carro... se está ponte cai, é P.T.)
- Não há um posto de gasolina, mecanico, borracharia... em toda sua extensão.

Observações:
Em 1 aspecto coloco minhas dúvidas no Rodoanel me seu exito de desafogar o transito. Pois algo importantissimo para o motorista é o custo/beneficio. O "raio" do Rodoanel é muito extenso, a volta é muito grande, de modo que acho que se gasta mais combustivel dando tal volta, do que cortando pelo meio da cidade e encarando transito. E além disso será implementado pedágio para quem vai e para quem volta. Ou seja, ficará mais caro. O único consolo é em pagar mais, bem mais, e ter um caminho mais tranquilo... pois dependendo do lugar, e horário, tenho minhas dúvidas se pelo Rodoanel é, de fato, mais rápido do que ir por uma diagonal. Além, de que, a perca da "saída" certa, pode fazer com que você tenha que rodar quase 40 km para poder voltar ao mesmo ponto. Ou seja, apenas virou uma opção "MAIS CARA" para o motorista, para fugir do transito. Tende em mente que a rodagem é muito maior, e o tempo, de tamanha volta, talvez seja pouco compensador.

Em minhas medições no Google Earth. Um caminho bem conveniente da minha casa até a USP Butantã, seguindo uma diagonal, daria em torno de 33km, sem pedágio. Sendo que, sem transito, o percurso é feito em menos de 1 hora tranquilamente, principalmente, de noite, sendo que na cidade, pode-se fazer em torno de 10km/L, assim, gastando em torno de 3,3L, com Gasolina a 2,5 reais/L, um total de R$ 8,25. Já, pelo Rodoanel, seria em torno de 80km, onde se gastaria, praticamente 1 hora também, devido algumas voltas para acessar e sair; fazendo em torno de 14 km/L, se gastaria 5,71L, com Gasolina a 2,5 reais/L, um total de R$ .14,275; mais o pedagio, que não espero que seja menos que 3 reais, assim sendo Temos:

Pelo Meio da Grande São Paulo
Distância: 33km
Tempo Médio: 1h10
Litros: 3,3
Custo: R$ 8,25

Pelo Rodoanel Trecho Sul
Distância: 80km
Tempo Médio: 1h
Litros: 5,7
Custo: R$ 17,275

Manual para construções com Bambú

Manual com 11 paginas, mostrando algumas tecnicas que podem ser utilizadas para construções com bambú. Manual em espanhol.


Clique aqui para baixar

Manunal de Nós e Amarras


Disponível para download 2 manuais incríveis sobre nós e amarras, com MUITOS, e vários detalhes. (o que contém um conteúdo teórico mais forte está em inglês). Mas são muito bons.
Atentem a questão que muitos nós possuem outros nomes, e, às vezes, outras utilidades, conforme a região. Por isso é bom conferir com a nomenclatura usada na sua região.

Poster de nós e amarras (clique na imagem para ampliar)



Obs: Se você tiver um bom manual de nós e amarras e quiser contribuir, favor entre em contato.

Dicas sobre Trekking - Pés

Cuide de seus pés
A parte mais importante do seu corpo numa trilha é o pé. É ele que sustentará todo seu peso, fora o da mala (podendo variar até 50kg), que passará por lugares de solo acidentado, pedras, areia, terra, água etc.

Quando seu pé fica "doente" numa trilha, então essa trilha ou vai acabar para você, ou você terá uma longa e dolorosa trilha; o que era para ser algo agradável e prazeroso torna-se numa tormenta.

O que seria um pé doente?
- Bolhas
- Queimaduras (deixa o lugar sensível)
- Feridas
- Rachaduras
- Torções
- Dores musculares
- Micoses
- Hipotermia local
- Unha incravada
- etc.

Imagine você no meio de uma trilha de mais 40km de percurso, num local bem acidentado e de difícil acesso. Então seu pé fica ruim. E além de carregar sua mochila cargueira com uns 30-40kg de itens, agora você também tem que carregar o fardo do seu pé. - Simplesmente a trilha acabou para você, se torna uma questão de 'voltar para casa'.

Então a grande dica para não ter problemas quanto aos pés numa trilha, vai desde uma preparação anterior até coisas que se faz durante a trilha.

Preparação:
- Banhos frios: 1 ou 2 semanas antes da trilha - principalmente se forem longas e difíceis - costuma-se a tomar banhos frios, pois tal melhora MUITO a circulação sanguínea dos pés, dos vasos etc.
- Evite fazer atividades, ou mesmo esportes 1 semana antes, que possam prejudicar ou mesmo machucar seu pé. Como jogar futebol, arter marciais, de preferência à caminhadas, ciclismo, natação.
- Ande o máximo possível descalço ou de chinelo. Evite tênis e sapatos. Isso caleja um pouco o pé dando resistência.
- Corte as unhas e limpe-as, uns 3 - 5 dias antes. Evite de cortar muito próximo da data.
- Se tiver alguma micose, trate-a antes de ir se aventurar ou outra demartite

Dia da trilha:
- Alongue seus pés e pernas muito bem (e sem pressa), cada pedacinho dele, faça uma massagem.
- lava seu pé com água morna e depois fria.
- Passe talco e algum creme hidratante. (alguns passam manteiga sem sal). Principalmente entre os dedos, e na cabeça dos dedos.
- coloque 1 ou 2 meias-finas sobre o pé. Depois uma grossa por cima. (mas que sejam ótimas para transpiração). (algumas lojas de esportes vendem meias especiais para isso, que até mesmo removem o suor da superficie da pele).
- Se possível vá até o inicio da trilha de tênis, ou de chinelo. E apenas lá coloque o calçado especial.

Escolhendo o Calçado- Veja que nível a trilha exige.
- Couro não é muito recomendado porque quando molha fica pesado e é chato para secar. Além que não permite uma transpiração fácil.
- Se optar por um tênis, use um que já está bem modelado com seu pé. Se for usar tênis use modelos para caminhadas ou correr. Não use tênis de futball. Ele tem que ser acima de tudo bem confortável e macio.
- Se optar por uma bota, escolha uma boa mesmo e que não traga qualquer desconforto. Seja aquele cliente bem CHATO na hora da escolha e de testá-la. Existem algumas como da "Diplomata" que são muito macias e confortáveis e permitem transpiração e fácil secagem. E lembrem-se, a tecnologia vale muito, existem botas especiais para trekking que podem variar de 150 reais - 3000 reias. Mas nunca tive problemas sérios com a de 175 que tenho.
- Coloque o calçado com cuidado no pé, de forma que todo seu pé fique perfeitamente colocado e relaxado. E não tome o descuido de deixar que uns grãos de areia ou pedrinhas... fiquem dentro da bota. Após passar por água, rios, pare para dar uma limpa na bota, meia e pé, pois normalmente entra grãos de pedrinhas e areia.

Durante a trilha:
- Tome cuidado com os passos.
- Em TODAS paradas', se possível, tire o calçado, as meias... limpe as meias, ou troque-as, massageie o pé, passe talco, tente tirar o maximo de sujeira do calçado por dentro.
- Massageie-o, alongue-o...
- Tente ficar o máximo tempo possível descalço com o pé tomando ar.
- Se ele ficar com hipotermia, por causa de muito tempo molhado: massageie-o bastante, e existem algumas pomadas térmicas para isso.
- Quando for dormir nas barracas etc. Deixe-o de tal forma que possa transpirar o máximo possível. A menos que esteja muito frio e realmente se necessário cobri-lo com muita coisa.

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Tomando essas medidas você praticamente não terá problemas com seu pé. E terá um desempenho muito melhor na trilha, cansará menos...
Acredite, a diferença é brutal. Principalmente se for de longa duração.

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No caso de pé doente:
Existem várias drogas disponíveis no mercado, pomadas e pastas. Que melhoram muito, algumas até curam. E a maioria, apenas alivia um pouco.
Por experiência própria, e conselhos de pessoas bem experientes na área, ai vão algumas dicas:
- Leve uma sandália de trilha ou chinelo. Elas podem permitir que continue a caminhada sem dores, ou problemas com o pé. Apesar de deixar o pé desprotegido de coisas externas. Por isso, tome mais cuidado.
- A menor dor, desconforto que você sentir no pé. Se possível, pare no local, e tome as medidas apresentadas anteriormente, na maioria dos casos resolve-se o problema.
- Diminua o peso da mala. Divida com os demais colegas. Claro, mas também não vai ser folgado.
- Em casos muito ruins, como feridas, inflamações etc. Pare no local, não prossiga (a menos se tenha resgate próximo), fique o tempo que for necessário ali (às vezes, 1 ou 2 dias). Lave bem o pé, limpe-o, se tiver água oxigenada e essas coisas seria bom para limpar. E use alguns remédios naturais que são EXCELENTES:
- Argila e barro (do tipo bem lama): é extraordinário, as vezes, em 2horas fazem verdadeiros milagres. (assim que a argila ou o barro secar troque-o); além que eles já promovem alivio da dor de imediado.
- Água de coco. Pegue panos limpos, molhe-os com a água do coco (como se fosse fazer uma compressa) então enrole no pé, ou no lugar lesionado.
- Casca de banana e de pepino tem propriedades cicatrizantes.
- Em caso de infecção, um dos melhores mesmo, é você misturar muito bem mesmo mel com coco e a água do coco; até que fique uma gosma meio grossa. Então aplique ela sobre o ferimento, e também tome uma colher daquilo a cada 5h. (é, talvez, o melhor antibiótico que existe). Claro para um caso realmente grave, que talvez exija 1 2 ou 3 dias de molho.

Normalmente, com isso, em pouco tempo seu pé estará bom novamente para continuar.

Em casos de ferimentos muito graves, como ser perfurado por um graveto, fratura, fraturas expostas, torções...
Então se entra na área de primeiros socorros. E aí não tem como continuar a trilha. O objetivo passa a ser "sair da trilha e buscar ajuda". - Normalmente, bons guias e monitores estão preparados para isso. Dependendo das condições outras pessoas podem te carregar, mas não tente caminhar assim, apenas pode piorar o trauma e complicar o caso (tanto clinico quanto o de "sair do local").


...
É isso. Espero ter contribuído para que não tenhais problemas quanto aos pés numa trilha.

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Outras ótimas dicas:
http://www.trilhaseaventuras.com.br/atividades/lista_superdicas.asp?id_atividade=9

Estrada Velha de Santos - Pedalando no Carnaval

Segunda-feira do carnaval. Enquanto muitas pessoas provavelmente estavam em outro lugar, fazendo outra coisa, eu e mais 2 amigos resolvemos dar um volta de bike.

Saída
10h20 nos encontramos na padaria Central em Santo André. E depois e ai questionamos: "Vamos até a USP (Butantã) ou até a Estrada Velha?" Após eu dar meu palpite, fomos então para estrada velha.

Em pouco tempo já estávamos na Anchieta andando num trecho de obras do Rodoanel que mais parecia um Cross Country, com direito a decidas rápidas em terra fofa, com a bike perdendo a tração nas curvas. Até que então chegamos na represa Billings a qual, naquele dia ensolarado - e que sol! - haviam muitas pessoas nadando como se fosse uma praia.


O caminho de ida foi muito tranquilo, ninguem teve problemas, o ritmo foi muito bom. No caminho encontramos vários ciclistas - a maioria voltando - com bicicletas, em maioria, speedy de nivel profissional de competição. Também dessa vez, todos estávamos com água, e nos hidratando no caminho. De mesmo que o mesmo o sol insuportavel, apenas nos queimava, porém a brisa do ar na pedalagem refresca essse efeito.

Por volta do 12h10 chegamos no "pedágio" da estrada velha. Tinhamos que pagar R$ 5,00 para continuar, sendo que apenas poderiamos visitar a casa de pedra - para poder ver toda a serra e monumentos, é preciso marcar antecipadamente. Decidimos pagar. Deixamos nossas bicicletas presas numa arvore, atrás da guarita e fomos a pé (é obrigatório) por 1 km debaixo de um sol insuportável, mais o calor refletido pelo asfalto, dando uma sensação térmica absurda, eu acredito que acima dos 40 graus; o que me fez tirar a camisa e proteger a cabeça.

Chegamos então na casa de pedra, um lugar simplesmente espetacular, uma casa que (para quem não tem medo de altura) qualquer um gostaria de morar (eu principalmente), a visão, paisagem é exuberante, a casa construida em pedra usando proporções grandes dá uma sensação de conforto e bem-estar muito bom; sem contar o ar puro do meio da mata atlântica, e o som de fundo de um riacho e cachoeira. Você nem precisa de esforço para relaxar e começar a meditar.

Ficamos em torno de 1 hora ali, descansando um pouco. Tomando água. Conversando com as belas monitoras. Tiramos algumas fotos. Pena que meu celular tem baixa resolução. E então voltamos.

Logo de inicio o sol era um grande desanimo; estava escaldante! Pensar em andar 1km no asfalto quente, debaixo daquele sol ia contra toda a vontade do nosso ser. Mas fomos. Pegamos a bike e então caminho de volta. Bem, até esquentar um pouco demora. Mas nitidamente o pessoal estava num rimo mais lerdo. Não demorou uns 30, 40 minutos, e o rafael já pede "tempo". Para no acostamento para beber água e descansar um pouco. Mas logo uma breve sombra de nuvem passa, o sol chega e o calar acaba nos movendo a pedalar. Quase uns 30 minutos depois, talvez nem isso, chegamos no "Rancho da Pamonha", onde paramos para nos alimentar um pouco. E confeço, que tudo ali que é de milho é MUITO BOM, compensa muito tomar um suco de milho.

Após então rumo direto para casa. Porém, ao chegar na Anchieta percebi que eles estavam bem cansados. O ritmo bem lerdo. Já eu, apenas estava bem incomodado com o sol, meus braços estavam ardendo pelo queimado. E aquele calor, mais o asfalto super quente, apenas deixava a condição inospita para a vida. E logo a água do cantil ficou quente também, mas mesmo assim, não havia como deixar de beber. E o trecho de 6km da anchieta foram infernais; o calor era muito intenso. Estavamos perdendo muito liquido, estava ficando com dor de cabeça. tive que parar algumas vezes para jogar agua na cabeça para esfriar. E logo na primeira subida, os dois resolvem ir levando a bike na mão, sendo que ao meu ver, levar na mao cansa mais do que pedalando (se jogar a marcha mais leve).

Após pegar a saida do Wall Mart, damos uma parada ali, para a nossa surpresa não havia água; e acabamos por comprar uma deliciosa água de coco numa barraca. E eu enchi meu cantil mesmo com a água da torneira. E aí continuamos. Fomos já num ritmo de boas; saimos da Anchieta estava MUITO mais fresco, principalmente nas sombras das construções. Porém, no inicio da subida da Av. Pereira Barreto, o Rafael desisti, diz que não dava mais, e levou na mão. Até que paramos na casa do Elcio e bebemos, MUITO suco de limão, que estava delicioso; e limonada de verdade, feito na hora. Foi perfeito. Renovou todas as energias.

Dali, acompanhei o rafa até o final da subida da Pereira Barreto, e ai, fui para casa, mais uns 10, 11km, porque resolvi prolongar um pouco o caminho de modo a maximizar o tempo na sombra. E chego por volta das 16h10 em casa. E após um banho geladinho, 100% renovado e pronto para outra.

Dados:
Percurso total: 67,3 km (como referencia minha casa)
Tempo ida: 1h40h
Tempo volta: 2h40min (sem contar paradas)
Velocidade média: 15,54 km/h
Gastos: Visitar Estrada Velha = R$ 5,00; Suco de Milho = R$ 2,50; Pamonha = R$ 3,00; Água de coco = 2,50; Total = R$ 13,00

Mais fotos: Picasa

Paranapiacaba - Pedalando na chuva


Num domingo de tempo bem nublado vou com meu amigo Elcio de bike, a partir do centro de Santo André até Paranapiacaba.

Condições Iniciais
O transito estava tranquilo, o clima estava bem tranquilo, fresco, as nuvens tampavam o sol, a brisa estava boa, não tinha forte vento contra. O ritmo ia ótimo.

Imprevistos
Uns 15, 20km após a saida, em Ribeirão Pires há um problema na transmissão da bike do Elcio. Então saimos um pouco da rota e fomos até um posto, onde em 30 min. conseguimos fazer uma gambiarra e arrumar a transmissão do cambio trazeiro. Pois não funcionando adequadamente, preso numa marcha, o desempenho cairia absurdamente.

A Chuva Chega
No final de Ribeirão, já em Rio Grande da Serra começa a cair uns pingos; e tudo indicava que pegaríamos chuva no caminho. Porém contínuamos, ambos dispostos a se molhar. Isso, com algo em torno de 1h40min. pedalando.

A decisão de continuar
Num determinado momento chegamos na bifurcação, para a esquerda, poderiamos acessar a Indio Tibiriça andar mais alguns quilômetros e acessar a Anchieta e então voltar para casa. Ou então, pegar a direita e pedalar até Paranapiacaba. Alguns segundos e então decidimos continuar. O ritmo estava bom e ambos com vontade de ir mais longe.

A chuva fica mais forte
Após passar por Rio Grande da Serra, já próximo a divisa com Santo André novamente, a chuva aperta. Fica intensa. Porém, continuamos perfeitamente. Até que começa o trecho que é só asfalto, e mato do lado. No caminho havia vários desmoronamentos pequenos; alguns suficiente para soterrar um carro, nas encostas. E diante daquela chuva, o vento que em alguns trechos chegava a encomodar, apenas dosava o grau de aventura.

A busca por água
Engraçado, mas dessa vez ninguem pensou em levar água. Já estávamos quase 3 horas pedalando sem beber um gole de água; pelo menos a chuva amenisava a coisa. Até que então chegamos num clube, entramos nele, num momento bem forte da chuva. E damos uma pausa para beber água da torneira mesmo. Enquanto decidimos se continuaríamos ou voltaríamos. Porém, a vila não parecia estar longe, mas provavelmente mais uns 20, 30min e estaríamos lá. Ainda faltavam algo em torno de 10km.

A coisa complica
De fato, faltavam uns 10km. Porém, haviam muitos morros, e se fizéssemos uma derivada desse geral, teríamos uma tragetória ascendente, estavamos sempre subindo aos poucos. E a chuva forte. Nossas roupas bem molhadas, e o corpo tendo que gastar muita energia para gerar calor para manter a temperatura. Além disso, os tennis ficam bem pesados, cheios de água, não próprios para chuva; fazendo que aumento o esforço sobre as pernas em cada pedalada. E inevitavelmente o ritmo cai, principalmente do Elcio, mas para não sumir na frente dele, também diminuo o meu, mas quanto mais devagar ficava, parecia que mais o corpo "enferrujava" (é o termo que parece), pois de fato, eu não estava cansado; mas parecia enferrujado.

O ritmo caiu bastante, de modo, que a marcha dominante passou a ser a coroa do meio e o quarto na catraca. De repente, num trecho de uma longa reta plana, que passavam por um tipo de area pantanosa, um raio cai a menos de 80m diria eu; forte, fazendo um estrondo e impactanto, que literalmente, cada célula do corpo e toda a bicicleta tremeu. Foi tamanho, que foi suficiente para darmos uma parada e olhar um para um outro e fazer algum comentário sinistro sobre tal. Mas continuamos.

5 km
Pouco tempo depois avistamos "Paranapiacaba a 5km". Porém, o ritmo caiu tanto, pareciamos enfraquecidos de certo modo, não vendo a hora de chegar. A velocidade média (sem medidor algum) devia estar em torno de 8 - 10km/h. E nisso, a idéia começou a mudar para "querer chegar logo em casa". Passamos a pensar em pegar onibus, se eles não deixassem ir de bike, então talvez, podiamos esconde-las no mato, acorrentá-las, e semana que vem voltassemos para pegar. Mas continuamos, demoramos quase 40min. para fazer esses últimos 5km. Com direito a fazer a última subida a pé, pois o Elcio não aguentava.

Parabapiacaba
Foram os últimos 5km mais longos que me recordo da minha vida. Porém finalmente chegamos. E a chuva não parava. Quando paramos na cidade um outro problema veio: "Frio". Eu comecei a ficar com muito frio, o corpo começou a tremer, principalmente as mãos. E eu sabia que se não esquentasse isso levaria a hipotermia, minhas forças ficariam muito baixas. E a volta seria muito ruim. Em menos de 5 min. a cidade foi tomada por uma nuvem que não permitia ver nada a mais além de 7m. Paramos para comer um lanche; após 4horas pedalando, nossos corpos precisavam de energia; ainda mais molhados e perdendo calor.

Aproveitamos para ver com o motorista se topava nos levar com as nossas bikes até Rio Grande da Serra, onde poderíamos pegar o trem. Mas ele não permitiu.

Voltando - Uma luta contra a hipotermia
Então, de volta para a estrada. Estava com muito frio mesmo, nem tanto no sentido de passando mal, ruim; mas sim com os braços tremendo muito. Faço algumas flexões e poli-chinelos, para dar uma esquentada, uma alongada... e ai pedalando. A primeira descida foi dureza, o vento da velocidade alta mais esfriava. Então ao invés de relaxar na descida, mandei a ver nas pernas, e também joguei o peso do corpo sobre os braços no guidão, para assim esforça-los para esquentar os braços. E aí foi indo. Melhorou um pouco mas ainda continuava. O braço melhorou, mas comecei a sentir frio no pé; e frio no pé é um péssimo sinal.

Não fiquei nada apavorada, já passei por outras experiências de frio, do tipo, em acampamentos, cachoeiras e trilhas; e sempre que voltava a atividade fisica era questão de tempo até o corpo esquentar. Mas no inicio foi duro, porque o corpo esfriou, ai que enferrujou de vez. Mas foi esquentando. Até que numa subida, com os pés frios, e vendo que estava indo muito lerdo, decido subir correndo empurrando a bike. Isso tanto aliviou a musculatura da perna que estava muito só num tipo de movimento; como praticamente esquentou os pés e todo o resto e não tive mais problemas com frio, e o corpo desenferrujou. O Elcio também seguiu a idéia, mas não está acostumado a correr, então logo desistiu. Mas praticamente, a partir daí esquentamos.

Em pouco tempo, passamos a placa dos "5km". A volta estava bem mais rápida. E em torno de 25min. passamos pelo clube onde bebemos água. E mais uns 15min. chegamos em Rio Grande da Serra. E então tomamos o trem. Ambos bem molhados.

No trem
Foi o momento de relaxar. O consolo por praticamente estar em casa. Tive uma leve preocupação que no trem esfriaria de novo, e o ar me faria tremer de vez; mas foi tranquilo até. Foi quando deu para pensar um pouco em tudo que passamos. E em 20 min. chegamos em Santo André. E aí, mais 10km de pedalada até em casa, para mim.

Pós
Por incrivel que pareça, não fiquei nem um pouco cansado. Como sempre, a chuva, ou melhor, a  água fria, de algum modo tem um efeito revigorador sobre os músculos; de modo que nem mesmo produziu dor muscular alguma (aliás, algo que faz tempo que não tenho). Foi tudo como se apenas tivesse dado mais uma volta por ai.

Dados:
Percurso total: 75 km (s/ contar trem)
Tempo ida: 3h40m
Tempo volta: 1h (s/ contar trem = 20min)
Velocidade média: 15,78 km/h
Gastos: Misto quente = R$ 2,00; Trem = R$ 2,55; Total = R$ 4,55